Trechos do livro Sinais dos Apóstolos

Abaixo são trechos copiados do PDF.

Autor: Walter J. Chantry; 

Editora PES


 “Se alguém acrescentar a estas coisas, Deus lhe

acrescentará as pragas que estão escritas neste livro”. Nosso Senhor

faz este comentário nos versículos finais do último testemunho

confirmando Sua revelação. O Salvador deu a advertência através

do último apóstolo vivo, na conclusão de seu ministério.


Há os que preferem diminuir essa advertência do Senhor,

afirmando que só tem aplicação ao livro do Apocalipse. Mas linguagem

tão forte e rara deve ser mais que uma proibição a modificar este

último livro. Devemos vê-lo como Matthew Henry o fez. Ele escreveu:

“Esta sanção é como uma espada flamejante cuja função é

salvaguardar o cânon das Escrituras de mãos profanas”.


E obra de demônios conceder aos homens

sentimentos irracionais e conduzi-los a uma atividade extraordinária

que a mente não consegue compreender. Aqui temos uma solene

admoestação para qualquer cristão em meio a uma geração

confundida. Em todos os cultos e reuniões é necessário manter uma

mente ativa e com discernimento. Alguns sugerirão que a lógica é fria. Contudo, o irracional é satânico.


O versículo 8 recorda quão miserável foi a luta de Paulo após a

experiência extraordinária. Ele notou sua tentação, e três vezes assaltou

as portas do céu com petições definidas para que o mensageiro

maldito de satanás fosse retirado. No entanto, não era essa a vontade

de Deus. Porventura a revelação teria sido dada a Paulo como sinal

de santificação especial? Não! O conflito com a carne foi

intensificado. Porventura Paulo se transformou, por obra de sua

experiência exótica, num indivíduo mais forte? Pelo contrário; agora

tinha que dedicar mais tempo à sua luta pessoal contra a tentação.

Agora percebia mais claramente sua carne e se reconhecia mais

debilitado.


Portanto, quando o Espírito Santo desce sobre um grupo de

homens, Ele dirigirá a atenção dos mesmos para o tema da santidade.

O fato de os homens se preocuparem mais por sua felicidade do que por sua santidade reflete o pecado existente neles. É evidência da graça buscar a justiça pessoal acima da comodidade pessoal.



Se o Espírito Se manifestasse

em poder nesta década (anos 90) não o faria, seguramente, para que

os homens saltassem de gozo, porém para que batessem no peito com

tristeza. 


Uma pessoa que deseja tratar da verdade bíblica, dificilmente

encontrará ouvidos interessados dentre os grupos carismáticos, cujo

interesse se acha centralizado nas experiências.


Não hájustificação possível para que um ato

de emocionalismo subjetivo seja considerado como um ato de

adoração promovido pelo Espírito. 



Quando o apóstolo João nos exortou provar os espíritos, ele não

sugeriu uma prova experimental de caráter subjetivo. Elepropôs uma

medida doutrinária objetivaparaprovar os espíritos. “Todo espírito

que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus” (1 João 4:2).

Confissões de fé e não relatos sobre experiências, são as que devem

prender nossa atenção para provar os espíritos. Toda experiência

deve ser submetida à norma objetiva da Palavra de Deus, para ser

provada mediante suas doutrinas. Não significa que os cristãos

estejam contra as experiências. Mas aexperiência dada pelo Espírito

procede com uma inteligente recepção da verdade. Não quer dizer

que o cristianismo seja anti-emocional. Toda a variedade de emoções

humanas éproduzidapeloEspírito Santo, entretanto o Espírito incita

as emoções por meio da verdade.


Deveríamos pensar que os neopentecostais estão sob algum

poder satânico? Deve admitir-se que em qualquer exemplo isolado

isso é muito possível. Prodígios mentirosos do maligno continuam até

hoje. Por outro lado, alguns que alegampossuir os “dons” são servos

de Cristocom desejo genuíno de conhecer ao Senhor mais plenamente.

É bem possível que o seu “falar em línguas” seja um fenômeno

emocional ou psíquico embora não reconhecido como tal pelo indivíduo

que as fala. Há outros que conscientemente induziram semelhantes

experiências fonéticas sem haver estado sob o controle de nenhum

espírito. Mas temos que afirmar categoricamente que em nenhum dos

casos os homens estavam profetizando. O Espírito não lhes deu

mensagem inspirada.




‘ ‘Ora’ ’, poderia indagar alguém, ‘ ‘que dizer das curas óbvias nas

reuniões neopentecostais? Poderia alguém negar que o poder de Deus

tenha operado aí?” Se você ainda está fazendo essa pergunta, então

ignora muito do que está ocorrendo na atualidade. Os declarados

inimigos das Escrituras alcançam “êxito” em reuniões de cura. Os

católicos romanos proclamam “curas” realizadas por Mariaem seus

santuários. Os modernistas têm praticado a “cura pela fé”. Seus

testemunhos seriam tão difíceis de refutar como os dos pentecostais.

Mesmo assim, estamos convencidos de que o poder de Deus não está

aliado com esses ídolos. Como podemos explicar essas “curas”?

Seriam enfermidades psicossomáticas curadas por meios psicoló-

gicos? Seriam exemplos do deslumbrante poder da mente sobre a

matéria? *

É possível assegurar-se de que uma obra não é um milagre

humano sem estar capacitado para dar uma explicação satisfatória do

que realmente é essa obra. As vezes um filho de Deus deve dizer:

“Embora eu não tenha a resposta a todas as minhas perguntas, sei

algumas coisas”. Sabemos que Jesus Cristo é um profeta suficiente.

Sua Palavra é a única autoridade adequada para guiar nossos

pensamentos e ações. Quando Moisés falou ao povo redimido por

Deus acerca de não ter nada a ver com os adivinhos, conselheiros

místicos e médiuns espirituais na sua época (Deut. 18:9-12), não foi

necessário compreender como atuavamesses curandeiros espirituais.

Não era necessário ser capaz de explicar sua eficácia. Bastavasaber

que essas coisas eram abominação perante Deus e que eles deviam

escutar a Seu profeta (Deut. 18:12-15).


ORACAO DO AUTOR, NELA PODEMOS NOTAR AS OBRAS DO ESPÍRITO.

Oh, que Ele derrame SeuEspírito de regeneração para vivificar

todas as nações pelaSua graça, para louvor da Sua glória infinita! Oh,

que Deus outorgue uma mais plena medida do Espírito de santidade

à Sua Igreja, de modo que sua pureza possa resplandecer e que ela

apareça formosa sobre a terra! Oxalá o poderoso Monarca do nosso

mundo enviasse mais do Seu Espírito (da verdade) para que o

entendimento possa penetrar e multiplicar-se sobre toda a terra! Que

o Espírito de adoração humilhe poderosamente as congregações

diante da Sua presença e nos conduza mais perto do S antíssimo!

Orem em busca do Espírito. Orem em busca do Espírito que faz

com que os corações amem as doutrinas da livre e soberana graça.

Orem em busca do Espírito que enche os corações com um amor

santo e reverente pelo Salvador. Orem em busca do Espírito que

capacita os homens a pelej arem contra o pecado, a serem pacientes

nas tribulações e zelosos pela honra de Deus. O melhor remédio

contra os excessos que desonram o Espírito, ao usar Seu nome, é viver

como um povo cheio do Espírito da verdade e poder. Orem em busca

do Espírito de avi vamento sólido e bíblico!


Manifestações extraordinárias externas acompanhavam os

avivamentos. Às vezes havia soluços e suspiros nas congregações

sob a pregação da Palavra. Às vezes, pecadores convencidos do

pecado, exclamavam: “Que devo fazer para ser salvo?”, àproporção

que as Escrituras despertavam suas consciências. **’ Em algumas

ocasiões homens caíam prostrados ao solo, até entrando num estado de rigidez física por algum tempo. Qual foi a atitude dos pastores

diante desses acontecimentos tão inusitados? Todos, com exceção de

uns poucos “fanáticos” (como eram denominados pelos pastores do

avivamento), ficaram totalmente alheios aestas coisas. Ao dirigir-se

às pessoas que as experimentavam, eles não ligaram para os efeitos

externos. Inquiriam apenas sobre que obra interna havia sido

operada em suas almas e que verdade da Palavra de Deus havia

produzido essa experiência interna. Estavam convencidos de que a

bênção do avivamento era uma operação interna e comum do Espírito

de Deus mediante as Escrituras.

As congregações eram exortadas a refrear seus impulsos de

qualquer tipo de explosão ou demonstração pública, para não afastar

ninguém da verdade. Mesmo assim, os pastores não proibiam

totalmente estas manifestações externas, pois haviam descoberto que

a verdade tinha se apoderado tanto das mentes de alguns que eles

ficaram atônitos. Novamente foi compreensão inteligente daPalavra

registrada nas Escrituras que os conduzia a permitir esses fenômenos.

Citemos Tracy outra vez: “Não tem sido poucos dentre nós,

nestes últimos sete ou oito meses, os que clamaram com grande agonia

e aflição, ou com gozo inefável por motivos espirituais, no período dos

trabalhos religiosos. Mas as seguintes duas coisas observaríamos em

relação ao que temos visto deste fenômeno: primeiro, que estamos

persuadidos que pouquíssimos entre nós - se é que houve alguns - têm

clamado dessamaneira, enquanto puderam tê-loevitado sem danificar

sua natureza ou desviar seus pensamentos das coisas divinas. Ao

mesmo tempo, achamos que não seria correto pararmos de pregar ou

retirarmos as pessoas afetadas do recinto. Segundo, que nós de

nenhuma maneira consideramos aquilo que as pessoas clamam no

período de adoração, ou o cair prostrados, ou o grau de gozo ou tristeza que possa ocasionar taisefeitos no corpo,seja algum sinal

de sua conversão, ao ser considerado isoladamente; e temos instruído

cuidadosamente o nosso povo contra tal forma de pensar; embora ao

mesmo tempo não podemos deixar de pensar que a maioria dos que

têmmanifestado desse modo seus sentimentos das coisas se encontrava

sob as operações do Espírito Santo ao mesmo tempo em que esses

clamores se ocasionaram. Não podemos deixar de pensar também

que suas experiências íntimas foram substancialmente as mesmas

daqueles que foram convertidos de maneira salvadora, como

esperamos, sem ter dado qualquer sinal de suaangústiaou gozo”. *

Por outro lado, quando os efeitos exteriores chegavam ao

excesso, eles impediram a obra do avivamento. JonathanEdwards

afirmou arespeito: “Mas quando as pessoas chegaram a esse ponto,

satanás se aproveitou e logo se notava de modo claro seu

entrometimento em muitos casos; e grande quantidade de precauções

e trabalho se tornaram necessários para evitar que muitas pessoas

perdessem o controle de si mesmas”. As manifestações externas de

excitação não eram identificadas como obras do Espírito S anto nem

favoreciam o avivamento.


Os

melhores avi vamentos passam. Mas a nós pertence estar cheios de

toda a plenitude de Deus, caminhando Ele conosco e habitando em

nós. Oremos mediante o Espírito pelo regresso de Cristo em grande

majestade, mais do que oramos pela avivamento! 


Charles Haddon Spurgeon: A operação do Espírito Santo, mediante a qual se

concede a vida aos homens mortos em seus pecados, não é inferior

ao poder que capacitou os homens afalarem em línguas’


WGT SHEDD,1888: Um período de milagres devidamente

autentica dos é suficiente para estabelecer a origem divina do

evangelho. Num tribunal humano, não é necessária uma séria indefi-

nida de testemunhas. ‘ ‘Por boca de duas ou três testemunhas”, os fatos

se estabelecem. O caso que foi decidido não será reaberto”




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