Aniquilacionismo x Imortalidade

Anotações feitas no debate Vejam Só.

Os aniquilacionistas acusam os imortalistas de terem sido influenciados pelo paganismo helênico de Platão e Aristóteles ao defenderem que a alma não morre, no entanto, o pai do aniquilacionismo é o filósofo Epicuro*, que é quase contemporâneo daqueles que falaram da imortalidade da alma. Portanto, se a imortalidade da alma é crença pagã por causa de Platão, o aniquilacionismo também é por causa de Epicuro. 

Argumentos a favor da tradução "em vdd te digo, hoje estarás comigo no Paraíso".

-  Não se faz exegese em cima de pontuação; a melhor posição da vírgula deve ser posta em favor do contexto. Das 74 vezes que a expressão é usada por Jesus, em nenhuma, é usada a palavra hoje, modificando o verbo dizer. 

Argumentos a favor da tradução "em vdd te digo hoje, estarás comigo no Paraíso".

- Lucas não era hebreu, ele era grego. Então ele usou muito a Septuaginta. E recentemente, foi aprovada uma tese de doutorado em que o teólogo destaca o uso do advérbio modificando o verbo anterior, como é feito em Dt 4: 8 (hebraismo),  At 20: 26 (pronome, verbo e advérbio). 

 . Jesus disse em Lu 24: 36 que o espírito não tem corpo. Então como o corpo e alma não são inseparáveis se o próprio Jesus admitiu indiretamente a existência de espírito sem corpo?

. No verso 42, o ladrão pede pra que Jesus se lembre dele quando entrar no reino, assim sendo, Jesus, segundo a interpretação adventista, responde fazendo menção ao futuro, assim como fez menção do futuro também o ladrão. Além disso, Jesus usa a palavra Paraíso, a qual aparece em 2 Co e Ap como um lugar acessível no futuro. Em resposta, podemos observar que a resposta de Jesus corrige a crença no reino apenas no futuro ao dizer que agora, hoje, o ladrão estaria com ele. 

. Como Moisés, morto, pode aparecer no monte? Em Judas, o arcanjo Miguel entrou em contenda, então o adventista crê que isso se trata da ressurreição de Moisés, por isso o profeta pode estar presente no monte.

* Epicuro de Samos foi um filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas que se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador. Falecimento: 270 a.C., Atenas, Grécia.